15 de janeiro de 2005

Odisséia

Homero, + ou – 850 a.C., Grécia

Duas epopéias formam a base da literatura grega: a Ilíada, que versa sobre a guerra de Tróia, e a Odisséia, que narra a superioridade e a capacidade de adaptação do povo grego, personificadas no Grande Ulisses.

Essas histórias compõem o alicerce da identidade cultural dos helenos, aquilo que Marilena Chauí descreve como mito fundador (ver o tópico Mito fundador e Sociedade Autoritária, aqui mesmo, nesse Blog). Conhecer sobre a origem da Grécia é de destacada importância para os contemporâneos, já que ela é o germe daquilo que designamos como cultura ocidental.

Ulisses é o arquétipo do heroísmo e da astúcia humana. Amado e odiado pelos deuses do Olimpo, único homem a entrar e sair da morada dos mortos, o reino de Hades.

Sua aventura tem início com o fim da guerra de Tróia, quando tenciona voltar para casa. Alguns atos de imprudência do herói despertam a ira de Posêidon que, por sua vez, amaldiçoa seu regresso à Ítaca. Por outro lado, Palas Atena, que o admira, favorece o herói em sua odisséia.

Repleta de aventuras fantásticas, essa história alberga a circularidade da vida humana, nascimento e morte, luxo e miséria, felicidade e tristeza; Ulisses sai de sua terra natal, conhece glória e infortúnios, e só deseja voltar a casa, para os seus, a fim de gozar a paz e o calmo termo de sua vida.

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