19 de janeiro de 2005

Fausto

Johann Wolfgang Goethe, 1808, Alemanha

Brilhante tragédia moderna! Fausto representa o homem ansioso pelo conhecimento e angustiado frente ao insondável mistério do saber. Versado em Filosofia, Medicina, Jurisprudência, Teologia e Artes, companheiro dos livros (que emparedam sua morada), o Doutor Fausto só consegue alcançar uma verdade: como o filósofo Sócrates, conclui que nada sabe.

Sem ver sáida para seu dilema, cede aos encantos de Mefistófeles (o diabo), que oferece, além dos prazeres, o conhecimento inatingido. Pode-se dizer que Fausto, de alguma maneira, reedita os mitos de Prometeu e de Adão e Eva.

Nosso doutor então embarca em uma nova vida terrena, na qual se depara com as delícias mundanas, descobre o valor da sensibilidade (uma nova forma de enxergar o mundo) e conhece o prazer sexual com Margarida, uma jovem a quem seduz e leva à loucura.

Uma valiosa obra de arte escrita pelo gênio de Goethe. Uma história, aparentemente simples, que alberga o universal contraditório da alma humana.

Nenhum comentário: