4 de janeiro de 2005

Ivanhoé

Walter Scott, 1820, Inglaterra

A obra é um marco do romance histórico ocidental, exalta os cavaleiros medievais, o amor cortês, as batalhas sangrentas e aventuras espetaculares. A Inglaterra do século XII é o palco. O enredo retrata as intrigas políticas que antecedem e acompanham o regresso de Ricardo Coração de Leão ao trono inglês, depois de lutar na Terceira Cruzada. Ivanhoé, arquétipo de coragem e beleza, é um nobre cavaleiro saxão que se junta ao rei Ricardo nessa empresa.

Quanto à representação dos costumes da época, o autor expõe a intrínseca relação entre a Igreja e o poder econômico (o apego do clero ao dinheiro, a venda de favores religiosos e da salvação após a morte) e a superstição das pessoas em geral. No livro, também, encontram-se traços marcantes do anti-semitismo da época, entretanto, uma das personagens mais sábias e “nobres de alma” é uma bela jovem judia: Rebeca.

A história ainda ilustra a origem do idioma inglês, o qual estima-se que a metade das suas palavras seja de origem francesa. Segundo Márcio Simões, em matéria publicada na revista RNT, “a maioria dessas palavras foi adotada justamente num período em que a elite inglesa evitava falar inglês, que considerava coisa de pobre". Esse fenômeno está descrito no romance de Sir Walter Scott.

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