18 de outubro de 2005

Grande Sertão: Veredas

João Guimarães Rosa, 1956, Brasil

Qualquer coisa que aqui for dita sobre essa obra não alcançará o infinito espectro de sua grandeza. Analisá-la é esvaziá-la. Com certeza, o que vale então é tentar expressar um pouquinho da particular relação entre leitor e texto, a experiência estética da leitura:


Poesia!

'Estória' humana. Prazer e descoberta a cada palavra. Uma leitura espelho do fundo de nossa alma.
Rosa cria em cima da maior criação humana: a linguagem. Dela vem toda a beleza; na linguagem é que somos e fazemos, nela reside o humano. E esse Grande Sertão é demasiado humano...

Livro pra se viver e ler, já que é na lida que a coisa está... não no fim, nem no começo.

"Ah, tem uma repetição, que sempre outras vezes em minha vida acontece. Eu atravesso as coisas - e no meio da travessia não vejo! - só estava era entretido na idéia dos lugares de saída e de chegada. [...] Viver não é muito perigoso?" (p.51).

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