27 de dezembro de 2004
História Universal da Infâmia
23 de dezembro de 2004
Razão e Sensibilidade
Sociedade mesquinha, apegada à aparência e ao dinheiro, é o quadro da Inglaterra do início do século XVII pintado pela autora aos 36 anos de vida. Uma leitura envolvente e instrutiva aguarda o leitor que se debruçar por esse clássico da literatura universal.
Sobre esse pano de fundo, sobressai a história de duas irmãs, Elinor e Marianne, ambas com traços marcantes de personalidade e unidas por uma amizade tamanha. A primeira caracteriza-se pela racionalidade, prudência e comedimento nos atos; pode-se dizer que nunca houve uma personagem de tão impressionante senso de imparcialidade, algo que beira o sobre-humano. A segunda, uma guria apaixonada, que flutua ao sabor das emoções, incontida.
As irmãs representam dois lados do componente humano, que antes de serem contraditórios, são complementares na composição da vida.
18 de dezembro de 2004
Almas Mortas
Miséria, ignorância, corrupção... estes elementos afloram em uma narração ágil e sincera, na qual o autor pretende, com realismo, ir a fundo na sociedade russa. A presença de um anti-herói (o próprio autor o contrasta com os heróis virtuosos de costume) é a nota que valoriza a denúncia às atitudes da época.
Tudo isso num cenário de imensa vastidão, quase sufocante, de estradas que levam a diferentes matizes do grande território russo.
16 de novembro de 2004
Memórias de Adriano
Criação literária de força ímpar, o livro nos conduz ao universo social e psicológico deste recorte do Império Romano. Filosofia, política, medicina, militarismo... a autora constrói um grande painel acerca do conhecimento da época.
Historicamente, Adriano é um personagem reconhecido por incorporar os grandes atributos do Humanismo antigo.
1 de novembro de 2004
Os Sertões
O sertão, o sertanejo e a Guerra de Canudos – aí estão o cenário, o personagem e a ação narrados por Euclides. O livro é um documento histórico de leitura obrigatória para quem deseja não ignorar acontecimentos marcantes do país. Uma obra maravilhosa que retrata a miséria, a religiosidade, comportamentos humanos e peculiaridades deste pedaço de chão brasileiro; além de ilustrar os traços dos Estudos Sociais Brasileiros do final do século XVII.
Veja este depoimento que sintetiza bem o espírito do livro: "Eu tinha que ler Os Sertões se queria ser um escritor brasileiro. Meti isso na cabeça e entreguei-me à tarefa obrigatória. No início foi penoso, mas bravamente, atravessei as áridas páginas da primeira parte, A Terra, e passei ao capítulo seguinte, de travessia igualmente difícil, pelo menos até chegar aos tipos humanos – o sertanejo, o vaqueiro, o jagunço... Meu interesse era conhecer a história de Antônio Conselheiro, que se tornara lendária, tema dos cordéis da infância. E, quando a ela cheguei, não larguei mais o livro até a última página do derradeiro capítulo". FERREIRA, Gullar (Folha de S. Paulo, 1o. dez. 2002, caderno Mais!, p. 5).